Friday, April 23, 2010

An Interview with Jacare

An interview with Jacare from Tatame magazine, translation is forthcoming:


Aos 57 anos de idade, sendo mais de 45 dedicados à arte suave, Romero Jacaré passou por mais uma emoção nesta semana. Líder da Alliance nos Estados Unidos, Jacaré recebeu o sétimo grau da faixa-preta. “Querem me deixar velho (risos)”, brincou Romero, em conversa com a TATAME. Num bate-papo exclusivo, Jacaré falou sobre o crescimento da arte suave desde seu primeiro contato com o Jiu-Jitsu e mostrou confiança para o próximo Mundial da CBJJ. “Tudo indica que a gente vai ganhar de novo... Se eles bobearem, vamos meter uns cem pontos de vantagem”, afirmou o mestre, dedicando a conquista ao pai, Hermano Cavalcanti, que faleceu há um mês. “Ele foi o meu grande ídolo”, se emociona.

Qual foi a emoção de receber o sétimo grau na faixa-preta?

Para mim não muda nada... Eu fico lisonjeado. Aqui nos Estados Unidos só tem o Francisco Mansor, que é nono grau pelas regras da Federação, que eu respeito muito, e tem o Carlinhos (Gracie) e o Sérgio Penha. Ser igualado a esses dois mestres é uma grande honra para mim.

Como você vê as mudanças e o crescimento do Jiu-Jitsu desde quando você começou a praticar?

Eu vejo como um esporte que evoluiu muito desde a época quando eu comecei. Eu lutava no Melo Tênis Clube, no Montanha, nem cheguei a lutar no Tijuca, e os campeonatos eram muito pequenos, e hoje em dia existe uma explosão. O último campeonato Pan-Americano na Califórnia tinham três mil atletas em um ginásio espetacular, e com um público bastante razoável. Vejo como uma coisa que evoluiu e ainda tem muito a evoluir.

Como você vê o futuro da arte suave?

Eu prevejo um futuro brilhante, com um Jiu-Jitsu mais profissional, como já está acontecendo em Abu Dhabi. Há uma evolução grande, mas ainda há muito o que evoluir. Os Mundiais e Pan-Americanos ainda vão crescer muito mais, a organização está ótima. Espero que continuem premiando para que os atletas fiquem só no Jiu-Jitsu e desistam de fazer Vale-Tudo para pagar as contas.

Como você vê os resultados da Alliance atualmente?

A Alliance está em um momento muito bom. Depois de alguns anos a gente se reestruturou, o Fábio (Gurgel) está fazendo um trabalho fora de série no Brasil e eu estou fazendo um trabalho muito bom aqui nos Estados Unidos. Eu trouxe o (Rubens) Cobrinha para cá para me ajudar e temos uma equipe muito forte. No último Pan-Americano nós fizemos, só com os atletas de Atlanta, 55 pontos, sem contar o Cobrinha. Contando ele, seriam 64... Isso é mais do que toda Barra Gracie que, com toda a organização deles, fizeram 44 pontos, e a Gracie Humaitá 21. A Alliance fez 146 pontos no total. Estamos em um momento muito bom, estamos trabalhando muito para isso. Agora mesmo nesse final de semana eu vou dar um seminário em uma associação nova que eu fundei aqui. Estamos nos reestruturando. O Fábio acabou de dar um curso de professores no Brasil, vamos filmar o segundo módulo do DVD para o curso de professores quando ele vier aqui para o Mundial... O trabalho não para.

Qual o segredo da Alliance?

O segredo da Alliance é trabalho, na nossa equipe não existem estrelas. Estamos sempre pensando em ajudar o próximo.

A expectativa para o Mundial deste ano é abocanhar o título por equipes mais uma vez?

A expectativa é a melhor possível, os dois camps principais, de São Paulo e Atlanta, já estão treinando a todo vapor. O Fábio vai levar trinta do Brasil para a Califórnia e eu já tenho aqui uns trinta atletas em ponto de bala. Tudo indica que a gente vai ganhar de novo... Se eles bobearem, vamos meter uns cem pontos de vantagem.

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